Para mim, é junto com Guimarães Rosa a maior da nossa língua.
Hoje falando ao telefone com minha filha, que chamo carinhosamente de Ineizinha ( quando criança, se eu a chamasse de "menina," ela chorava e dizia: "sou menina não, sou neizinha"),hoje morando nos USA, ela me disse emocionada que leu um artigo de duas laudas num jornal de Boston sobre Clarice. De uma professora de universidade, apaixonada por Lispector. Comentamos sobre a morte prematura de nossa escritora, do seu amor pelo português, ou como diz bem Ferrarezi, professor da universidade de Rondônia, pelo brasileiro, nossa língua repleta de influências maravilhosas.Dos povos indígenas, do francês, do árabe, e principalmente das nações africanas. Tenho neto americano, cujo pai é português.Ele nota a diferença do brasileiro com o português e questiona minha filha. O último foi não aceitar a mãe chamar "cachorro." Diz: "mãe, o nome é cão!"
Ineizinha acha difícil explicar a uma criança que ela estudou com freiras e que "cão" pra ela é o "demo," o "coisa ruim" e que em brasileiro temos muitas opções de sinônimos e que às vezes a palavra toma outro sentido!
Poi essa riqueza de vocabulário é que encantava Clarice e nos deixa também encantados com sua obra.
Quero iniciar oficialmente minhas férias com essa homenagem a Clarice, a grande Clarice Lispector.
é interessante mesmo esse questão do vocabulário.
ResponderExcluirTambém sou fã de Clarice só de ouvir falar. Ainda não tive o prazer de ler uma obra completa dela. Somente aqueles fragmentos que tinha no Profa. Mas para tudo tem um tempo nesta vida e sei que quando esse tempo chegar, vou lembrar de vc amiga querida!! Abços...
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