Já se vai longe o tempo em que se dizia: a Tv acabará com o cinema.Nos dias de hoje já foi dito que a internet acabaria com livro. Será? Especialistas nesse assunto não arriscam esse prognóstico, ao contário, cada vez mais se estuda as possibildades de conexão entre mídias, o que enrriqueceria o trabalho docente no incentivo às crianças,jovens e adultos a lerem, pesquizarem e desenvolverem materias multimídias.
Um trabalho assim chegará até a sala de aula, segundo os novos profetas digitais, através do celular e das câmeras fotográficas. Sabemos que tanto um , como outra, estão cada vez mais colocando à disposição dos usuários recursos inteligentes para acesso a outras mídias.
O desafio fica então com a escola.
Quando criança, estudei em colégio de freiras.Trazer um gibi para a escola e ser pego era um pecado terrível. Nossos gibis passavam de mão em mão no escondido do recreio.Na adolescência, os programas de tv.A mão de ferro de minha mãe vigorava nos dias de aula.Aos sábados e domingos, afrouxava, mas, de olho na tela.Não havia meios de ficar frente a tv após 21 horas.O acordo era feito e cumprido rigorosamente, para meu próprio bem.Bons tempos?Não sei! Meu tempo para leitura e estudo era planejado para não haver conflito com escolhas que eu quisesse fazer.
Os tempos são outros; a universalização da oferta de educação pública esbarrou na questão de tornar essa mesma educação de qualidade e com gosto de "quero mais."
Esse "quero mais" passa pela mídia, já que ela está no cotidiano dos alunos e não podemos mudar.Como as freiras proibiam os gibis e eles circulavam clandestinamente, não podemos ignorar a tv, a internet, o rádio. Como parceiros terão valor, ignorados, condenaremos a escola à masmorra medieval...